Sunday, September 24, 2006

Caminho da inocência


Em tempos de escolha teremos certamente sempre dois caminhos a percorrer, o que à partida julga-se fácil torna-se difícil, o que é difícil torna-se fácil e assim sucessivamente... Mas inevitavelmente o ser humano na sua percepção ingénua acolherá sempre a perspectiva errada dos seus caminhos, escolhendo por norma os caminhos difíceis repletos de divergências, palavras, discussões repletas de palavras injustas... Mas no fim o objectivo será o mesmo, porque o amanhã somos nós que o fazemos...

Tudo isto para te confessar a inocência de alguém que dava tudo para que este capítulo fosse tão sorridente quanto outros positivos, mas no fundo eu sei que os negativos nunca chegarão a alcançar os positivos... A amizade será sempre inserida na positividade, enquanto tiver adormecida será mágica, repleta de sonhos e sorrisos, quando acordar chegarei ao fim de um ciclo que irei cumprir. Sentido agradável a sonolência que tanto adoro, conjuga-o no misticismo adormecido, revejo-o num pobre gato sereno e calmo que descansa em paz a sua sonolência debaixo de um elemento terrestre desencaminhado pelas forças naturais.


Sou inocente, sorriu com a alma humana a meu lado...

Wednesday, September 20, 2006

Canta um sonho possível...

Levanta a cabeça,
Ergue os teus olhos,
que eu estou aqui para te ajudar.
O tempo passou, mais novo não és,
tantas histórias tens para contar.

E de repente, a estrela voou,
deixa-te ir, pois eu aqui estou,
tanta magia, que em sonhos fizeste,
mas com tanto receio, calma... amigo eu sou.

Os anos passaram, o tempo mudou,
ao longe na praia a sombra do mar.
Voa também com as ondas azuis,
como o berço que anda a baloiçar.

E de repente a estrela voou,
deixa-te ir, pois eu aqui estou,
tanta magia, que em sonhos fizeste,
mas com tanto receio, calma... amigo eu sou.

A.P.

"Algo que li e fiquei encantado e sei que quando a voz se soltar, o momento vai-se tornar perfeito... vou lá estar para sentir para que também possa sentir os aplausos que vou-me esforçar para os merecer!" (M.M.)

Saturday, September 09, 2006

Tempos que voltam, chora a alma adormecida pelos segundos que passam!


Tempos de um retorno imenso, saltam os segundos lisonjeiros que passam melancolicamente diante dos meus olhos, tento agarrá-los mas não os consigo, fogem diabolicamente de um destino previsível, o facto inexplicável de se tornarem cientistas de uma alma sincera que é vezes sem conta posta em causa pela casualidade dos seus actos inocentes. Posso pedir-te um favor? escuta-me... eu sei que me conheces, que me reconheces a sinceridade nas minhas humildes palavras, que sabes distinguir o falso do verdadeiro, é a ti que tenho concedido ao longo dos últimos meses as minhas tristezas, alegrias... e tudo o que de facto merece ser contado, então por favor escuta-me porque hoje volto a contar-te... Quando um dia escrevi algures num silêncio profundo, não sabia que o encaixe das palavras seria tão perfeito, não sabia que o que escrevera há tempos faria hoje tanto sentido ("Eu só sei pensar e sentir-te silenciosamente dentro de mim"); coração que sobressai da revolta e espiritualmente de mãos dadas acorda desesperado, subtilmente sente as memórias perdidas e encontra o som das palavras do passado, remete-as ao presente e venera-as categoricamente na exaustão, dando uso ao brilho dos meus olhos desenvolve-se um sorriso adormecido que à muito não dava sinal da sua existência clandestina, sorriso esse que tende a desaparecer se a banalidade o encontrar e o vulgarizar de forma contundente, sei que no fundo acreditas no meu sorriso, sei que o consegues sentir ao lado da sinceridade das minhas palavras, fecha os olhos e sonha, abre os olhos e entende que não é meramente um filme imaginado... o conhecimento dá-me a voz da razão, nunca tornarei a palavra amar banal... nunca me deixarei levar por curtos momentos, corre no meu sangue as linhas descritivas de um incrível guerreiro chamado de amor... só queria que o amanhã fosse eu a construi-lo... Subia aos céus, tornava-me divino e mudava tudo, concedendo a oportunidade do passado na voz do futuro... e aí estarias comigo... e tudo seria eternamente diferente. Talvez tenha escolhido mal as palavras, há sempre lugar para corrigirmos os erros, escreveria uma história onde o amor se iria tornar um elo de ligação entre duas almas que se escondem de uma realidade próxima...

(Será que terei mesmo o poder de escrever a história como desejo? espero que sim minha irmã...)

"A minha conclusão é que o ódio não tem razão de ser. A vida é demasiado curta para ser desperdiçada. Não vale a pena. Nós não somos inimigos, mas amigos. Não podemos ser inimigos. Por maior peso que tenha a paixão, não pode quebrar os laços de afeição. Os místicos acordes da recordação, reviverão ao serem de novo tocados, como decerto serão, pelos melhores anjos da nossa natureza."

Estendo-te a mão, agarra-a por mim, por ti...

Monday, September 04, 2006

Oposição dos Sentidos

Decidi voltar-te a contar, desta feita serão letras aborrecidas e nitidamente feias, algo que me marcou e que pensei que o vento tivesse varrido por completo das portas do meu mundo: o ódio imperialista que pensaria eu, não mais existir; mas já que hoje sei que o mesmo está à porta, vou-o confrontar destemido, fechando rigorosamente a entrada à possibilidade de o mesmo entrar neste meu mundo. A segurança está em alerta sem declarações de guerra aberta, está meramente presente para travar os ataques nítidos de alguém que ainda não aprendeu o que é realmente viver, de alguém que tem tudo menos razões para possuir um ódio circunstancial enlouquecido... instinto de estupidez descontrolado. Fica à porta e remexe no teu passado sem preocupações, chora que não te darei a mão, grita que não escutarei... o pouco significado já estava atribuído, enfim...

Na casa assombrada rumam os corpos endiabrados... Uma espécie de guerrilha que avança nos tempos da transição.

Risos...