Tuesday, September 04, 2007

Barreira

Barreiras que se somem da vista dos olhares da humanidade, pedras que se desvanecem pela erosão dos tempos, dos ritmos que se agrupam pelas eras temporais. Mas a morte das mesmas, por norma, não fará parte dos seus dias, degradam-se sim, dar-nos-ão múltiplos trabalhos também, mas sempre haverá uma reconstrução de uma união que nos ampara os alicerces da eterna memória. Relembra-te das pedras que se soltaram pelos actos inconvenientes que a vida lhes proporcionou, sempre as guardamos com carinho e amizade, e com esforço voltamos a colocá-las no revestimento.

A barreira é demasiado alta, tanto que poucas são as vezes que a trepamos, por consequência, raramente os nossos olhares se cruzam. Do cansaço, soltam-se ecos mediáticos, vibram as vozes em raras palavras.

“Eu estou aqui”, gritou ele, rompendo o silêncio. “Eu também” respondeu ela com a sua voz terna. O vento passou lentamente, deixou-lhes a mensagem que os seus olhares não captaram… “A cumplicidade é intocável, têm as vossas imagens guardadas nos vossos corações”.

E continuaram, construíndo a barreira memorável que os ligará através dos tempos...