Na noite mágica soltam-se ecos profundos de esperança, a lua brilha com todo o seu esplendor nos céus, criando o triângulo perfeito com os astros dos sonhos, leva-me a pensar na verdadeira essência de vida, o amor que nos pertence e a que nós pertencemos...
M.M.
"O nosso amor é de papel como as flores que me deste, e no papel há-de ficar, para sempre escrito nas minhas palavras. E se vier a transformar-se em qualquer outra coisa, será sempre numa outra forma de amor: o papel vem das árvores, mas o amor vem do amor e nunca morre, mesmo depois de cortado, prensado e transformado. Amar é como plantar uma semente e tu já plantaste a tua no meu coração. (...)
Ao espelho, onde vês o reflexo entre o homem que és e aquele que gostarias de ser, respiras fundo e desejas que essa mulher chegue um dia, não demasiado cedo para te assustar nem demasiado tarde, porque, entretanto, pode aparecer outra e tu vais deixar-te ir, convencido de que é essa, e não eu, a mulher da tua vida.
O que tu não sabes, meu querubim cansado, é que do outro lado do espelho eu te vigio, como se fosse o teu presente, e te desejo, como se pudesse ser o teu futuro.
Mas é ainda demasiado cedo, é ainda tempo de guardar no silêncio dos dias a vontade de te querer. É ainda de manhã, tu estás atrasado para o trabalho e eu estou adiantada na tua vida. Por isso respiro fundo do outro lado da tua imagem e espero - sentada no baloiço, lá mesmo em cima, para que não me vejas - que um dia dês o salto para o outro lado da tua vida. E sejas quem sempre sonhaste, para que te vejas ao espelho como eu já te vejo. Como tu és. (...)
Anda daí, vem sentar-te na Lua comigo. Imagina o trabalhão que tive, agarrei uma estrela só para ti."
R.P.