Andam constantemente a vaguear pelas emergentes armadilhas dos pântanos, sobre fungos lamacentos, humidades desumanas, bichos estranhos e assustadores que os fazem perder o ar. Eles não sabem, disso aquela alma poderá sempre se defender, que a neblina é o pânico a invadir a sua alma, doce vento a circundar sobre a calada. Remotamente a névoa ficou mais forte, o alvoroço chamou por alguém que se encontra longínquo, audição habituada ao acontecimento soube bem distinguir os gritos sumidos vindos dos pântanos. No terror sentiu necessidade em ouvir as habituais asas brancas a entoar solos de salvação, aguarda com impaciência e deixa em liberdade todos aqueles rituais de nervosismo que constroem o seu ser.
Rompia a alvorada ainda repleta de negrura e as asas brancas percorriam as galerias da sua habitação, nunca soube o seu destino, seguia um instinto… talvez fosse esse o seu propósito, o destino de se encontrarem sempre naquelas ocasiões em que o desencontro emocional era bem mais forte do que tudo o resto…
26/07/2008
M.M.