"Será que o possível tem medida?
Um dia, fizeste-me esta pergunta. Sempre soubeste qual era a minha resposta. A tua angústia era a voz sofrida de uma porção da humanidade ferida.
Sabias como era difícil combater o jogo das máscaras e o teatro da mentira e da traição. Da traição...
A memória que tanto acariciaste, entre lágrimas e sorrisos, ao longo da tua vida, continua, meu Amigo, a faltar muita gente, mas não, como bem sabes, aos que desde sempre partilharam o pulsar do teu sonhar!
Tal como ontem, quiçá desde sempre, existem sombras de gente que continuam a violar o sagrado, sem nunca terem deixado qualquer impressão digital em algo ou em alguém...
Mesmo ferido, um pássaro nunca deixa de ser um pássaro... Esvoaça, mesmo entre desilusões e perdas...
É por isso que o possível não tem medida em quem tem lembranças para acariciar com saudade e sentimento.
E é também por isso que aquilo que devia ser impossível acontece tantas vezes, como um punhal cravado no que devia ser intocável.
Este livro é para ti! Ofereço-te, embrulhado com emoção e nostalgia, perfumado com "aroma de essências", oriundo das catacumbas onde se guardam os tesouros (de um tempo perdido...)."
Djalma Marques
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