É de facto curioso o que li esta semana na "Cotovia" de Dezsö Kosztolányi. A Cotovia embarca na sua viagem e o autor descreve a sua partida da seguinte forma:
"Quem parte é alguém que desaparece, se aniquila, já não existe. Vive exclusivamente como lembrança, que visita com frequência a nossa imaginação. Sabemos que está algures mas não o vemos, tal como os que morreram"
É uma perspectiva um pouco melodramática mas que de entre todo o seu exagero da partida não deixa de ter alguma razão na evidente quebra de sinal e correspondência entre dois seres humanos. É óbvio que torna-se dramático falar neste sentido sabendo que a Cotovia apenas estaria fora uma semana e neste caso Milan Kundera sabe bem definir o que podemos sentir nestes momentos de ausência:
"Styska se mi po tobe"
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