Sunday, October 15, 2006

Amor: Significados

Um só sentimento, tantas definições, tantos sentidos... Mas o verdadeiro tesouro do amor está em quem o vê em forma de felicidade com traços coloridos de um sorriso sincero... Em quem o estrutura e o define como construtível, a quem o procura sem receios e cautelismos. O amor procura-se, constroi-se... não aparece num segundo, não se compra...

1

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

2

O amor é como o vento, Não o podemos ver, mas podemos senti-lo…
O amor é sempre paciente… Nunca ciumento… O amor nunca é orgulhoso, Nunca é egoísta, Ele não ofende e não é ressentido O amor omite a mentira, E torna-se sincero. O amor está sempre preparado para se desculpar… Na verdade, na esperança, Nos tempos difíceis que vierem Para nos atormentar.

3

Quando se ama alguém, tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter connosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. A vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes do alcance do olhar. O amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível. É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder. E para quem vive a sonhar, e muito mais fácil viver.

4

A cidade esta deserta, E alguem escreveu o teu nome em toda a parte: Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas. Em todo o lado essa palavra Repetida ao expoente da loucura! Ora amarga! ora doce! Pra nos lembrar que o amor e uma doença, Quando nele julgamos ver a nossa cura!

5,6,7,8...........................................

Tenho vontade de Sorrir!

Tuesday, October 10, 2006

Madrugada!

Já de madrugada iniciámos a marcha para o objectivo central, passo após passo sentia a adrenalina a subir no exército das letras, o medo esse, já havia ficado perdido nos bares que tínhamos atravessado pela noite dentro; enigmáticos e sem calculismos rumavam as tropas unidas com ambição, soltavam-se gritos de guerra na melancólica noite, todos parados chegámos ao campo de batalha, seguiram-se olhares cruzados que com algum custo perfuravam as nuvens de nicotina que pairavam no alinhamento, momentos mórbidos que terminaram quando a batuta tocou e a guerra começou. Não se deslumbravam inimigos a olho nu até porque o território sempre controlado na exaustão deixara de lado a entrada de ajuizados na zona decadente, porém todos sabíamos que nas ruínas descobertas existia um mundo de descontrolados que sempre esperaram pela nossa encorajada vinda. Nos confins das memórias perdidas se escondiam, entregavam-se à sede das drogas mortais e indisciplinadas, consumidos por uma sede de vingança para com o mundo, diante do visível além. Não tardaria a vinda de um dos generais ocultos, que informaria os seus seguidores de que estaríamos ali, naquele local, nesse mesmo instante.
M.M.