Tuesday, October 10, 2006

Madrugada!

Já de madrugada iniciámos a marcha para o objectivo central, passo após passo sentia a adrenalina a subir no exército das letras, o medo esse, já havia ficado perdido nos bares que tínhamos atravessado pela noite dentro; enigmáticos e sem calculismos rumavam as tropas unidas com ambição, soltavam-se gritos de guerra na melancólica noite, todos parados chegámos ao campo de batalha, seguiram-se olhares cruzados que com algum custo perfuravam as nuvens de nicotina que pairavam no alinhamento, momentos mórbidos que terminaram quando a batuta tocou e a guerra começou. Não se deslumbravam inimigos a olho nu até porque o território sempre controlado na exaustão deixara de lado a entrada de ajuizados na zona decadente, porém todos sabíamos que nas ruínas descobertas existia um mundo de descontrolados que sempre esperaram pela nossa encorajada vinda. Nos confins das memórias perdidas se escondiam, entregavam-se à sede das drogas mortais e indisciplinadas, consumidos por uma sede de vingança para com o mundo, diante do visível além. Não tardaria a vinda de um dos generais ocultos, que informaria os seus seguidores de que estaríamos ali, naquele local, nesse mesmo instante.
M.M.

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