Monday, April 07, 2008

Aquele que não tem nome.

Quando fechei olhos ela apontou-me a sua luz, não podia fugir, fez-me prisioneiro debaixo de um manto de sensações.
Vivi prisioneiro das suas decisões, sobre as amarras que eram incandescentes como o fogo austero que incendiava a caserna dos meus sonhos; a pedra ganhava vida e ia diminuindo o espaço velozmente, toda uma substância ganhara sentimentos de destruição e a abolição rugia os seus intuitos de morte fria. Palpitava a batuta do medo, mas de nada adiantava, não podia fugir... Não podia! Mas a luz ganhou vida cicatrizando toda uma dor vaga e longa sobre as gotas que subitamente por mim escorriam... Ela segurou-me na mão e em sussurros de calmaria agitou a voz grave repetindo agitadamente notas divinais, era oceano a enconder o grande sol, sei lá, era algo de grande simbologia, seria Vénus e Marte talvez, que vieram contemplar a sua força e harmonia. E da tortura que em segundos nos mata surgiu aquele calor no doce peito, tal como se fossemos ave moribunda a contemplar o mundo sobre o abismo. Garanto-vos todos se salvariam...! Na conclusão não entendi a tal companhia, desejou-me trevas, entregou-me o paraíso... Não sei quem seria! Mas de uma coisa não tenho dúvidas, sem ele eu hoje não tinha o alento e a vontade de o rever.
07/04/2008
M.M.

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