Sunday, April 06, 2008

Sou um animal estranho na madrugada!

Nem sempre somos unânimes e cordiais no regresso do desvastante temporal. Naquela noite carregada de sentimentos desgastantes, onde a amargura exclamou ritos e gritos, entreguei-me em passos sofridos sobre aquela estrada de macuas. Estávamos perdidos, sempre o soube, olhavas-me como se o teu fim fosse um chamamento prévio, um ponto sem retorno. Agarrei-lhe na mão que em tremor arrastou o vento e congelou-me a visão... Durante alguns segundos acreditei que a luz fosse mais reforçada e que toda a sua vontade nos levasse à vaga ideia de um choro requisitado pela sábia conquista da tristeza. O túnel é vago, uivos são entoados entre ecos que nos desprezam… Aproximou-se, juro-vos que me mantive intacto…
Depois acordei e a recordação é fotografia em branco!
06/04/2008

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