Thursday, June 08, 2006

Shakespeare, Intro: Soneto Maior

Shakespeare é considerado um dos mais importantes dramaturgos e escritores de todos os tempos. Seus textos literários são verdadeiras obras de arte e permaneceram vivas até os dias de hoje, onde são retratadas freqüentemente pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Nasceu em 23 de abril de 1554, na pequena cidade inglesa de Stratford-Avon. Nesta região começa seus estudos e já demonstra grande interesse pela literatura e pela escrita.

Começa escrever sua primeira peça, Comédia dos Erros, no ano de 1590 e termina quatro anos depois. Nesta época escreveu aproximadamente 150 sonetos. Embora seus sonetos sejam até hoje considerados os mais lindos de todos os tempos, foi na dramaturgia que ganhou destaque. No ano de 1594, entrou para a Companhia de Teatro de Lord Chamberlain, que possuía um excelente teatro em Londres. Neste período, o contexto histórico favorecia o desenvolvimento cultural e artístico, pois a Inglaterra vivia os tempos de ouro sob o reinado da rainha Elisabeth I. O teatro deste período, conhecido como teatro elisabetano, foi de grande importância. Escreveu tragédias, dramas históricos e comédias que marcam até os dias de hoje o cenário teatral. Os textos de Shakespeare fizeram e ainda fazem sucesso, pois tratam de temas próprios dos seres humanos, independente do tempo histórico. Amor, relacionamentos afetivos, sentimentos, questões sociais, temas políticos e outros assuntos, relacionados a condição humana, são constantes nas obras deste escritor.

Em 1592, a obra de Shakespeare sofreu um violento ataque do dramaturgo Robert Greene, o que em muito abalou o autor dos sonetos. Assim, temos um eu lírico que se sente em desgraça tanto aos olhos da fortuna quanto dos homens...


When in disgrace with fortune and men eye's,

I all alone beweep my outcast state,

And trouble deaf Heaven with my bootless cries,

And look upon myself, and curse my fate,

Wishing me like one more rich in hope,

Featur'd like him, like with friends possess'd,

Desiring this man's art, and that man's scope,

With what i most enjoy contented least:

Yet in these thoughts myself almost despising,

Haply i think on thee, -- and then my state

(Like to the lark at break of day arising

From sullen earth) sings hymns at heaven's gate;

For thy sweet love remember'd the such wealth brings

That then i scorn to change my state with kings.

A todos os que encontram a sua maior riqueza no amor...

3 comments:

whisper said...

nao podia deixar de comentar... shakespeare diz me muito... o pco q consigo descodificar dele enche-me a alma. as grandes obras de teatro... e a sua propria vida... enfim. obrigado por teres falado nele :) beijinhos

Empregos no Mundo - Oportunidades Estrangeiro said...

Shakespeare é um Deus, a sua mente um poço de sabedoria... hoje temos o prazer, no futuro sempre alguém o terá... de ler as suas palavras fabulosas. Palavras, palavras que apaixonam-me profundamente pelo significado próprio das coisas. As coisas que tanto venero... neste caso o Amor... uma das maiores riquezas da humanidade que enfim, está em extinção... Existem ainda tesouros perdidos...

Anonymous said...

Depois da minha saga para encontrar a fala perfeita da mais conhecida obra deste autor que tanto exaltas, nao podia deixar de a partilhar contigo, maninho:)
No fundo, nao deixa de ter a ver com algumas coisas sobre as quais temos vindo a falar...
"True, I talk of dreams,
Which are the children of an idle brain,
Begot of nothing but vain fantasy,
Which is as thin of substance as the air
And more inconstant than the wind, who wooes
Even now the frozen bosom of the north,
And, being anger'd, puffs away from thence,
Turning his face to the dew-dropping south."
Mercúcio in Romeo and Juliet

With care,
Bia