Saturday, December 22, 2007

Rökning Dödar: Smärta Franvaro

Por vezes não damos conta que a terra que pisamos foge de nós, desamparados deixamo-nos ir e ignoramos esse painel que nos sustem durante uma vida. Talvez por encararmos uma imagem normal, colocamo-la tantas vezes numa prateleira de recordações e deixamo-la a ganhar aquela poeira que marca o andamento da vida. “Olha, tem um pictográfico antigo, tem aquela poeira que se arrasta quando passamos o polegar sobre ela, por nos terem erguido sobre este altar talvez se tenham esquecido de mim nesta estante de madeira” lembra-se o pequeno mestre de dizer. Então caminhou, por estradas que nem os grandes servos de Asgard reconheciam nos seus mapas, os pássaros negros e gigantes guinchavam, eram ruídos incomodativos, tão perturbadores, o pequeno mestre não aguentava mais, colocou as suas mãos sobre os seus ouvidos, não dava para aguentar aquele sufoco que lhe aterrorizava a alma, o seu silêncio tinha sido invadido por saudações vindas de Nifflehein. Desmaiou… apagou o mundo das suas visões, apenas se lembrava da luta precária que sofrera naquela estante com contornos de lágrimas apavoradas.

Horas mais tarde, acordou… Voava pelos ares em cima do tal pássaro gigante que virara branco, e tinha um ar fraternal e amigável; o pequeno mestre lembrou-se “tornei-me vivo, parece que alguém lembrou-se de arrastar a minha poeira, hoje sou uma imagem bem mais límpida que exalta euforias sobre as poeiras que lá em baixo outros criam”. Mas para onde viajara ele? Iria para bem longe?

Pequeno mestre que voará sobre os ares e desaparecerá do mundo, largando a sua torre de energias dissipadas rumo a Midgard ou Asgard? Para onde o levaria? Levaria-o sobre as sombras da despedida onde tantos por segundos o esqueceram...

M.M.

2 comments:

Catarina said...

Cada um devia saber limpar a própria poeira. Será possível quando dermos "conta que a terra que pisamos foge de nós".


Bom Natal =)

Bjto*


P.S. Gosto das tuas histórias, têm sabor ao que se sente.
Por vezes há mais do que um alguém a sentir a mesma coisa. O mundo é tão grande :)

Empregos no Mundo - Oportunidades Estrangeiro said...

Por vezes a poeira que os outros nos deixam, tem que ser limpa com muito cuidado, e seria bem mais fácil se todos pegassem nos seus instrumentos e cada um clarificasse bem o seu chão! mas bom, nem sempre as coisas funcionam nesse sentido e se a limpeza for feita individualmente há sempre algo que irá ser varrido, alguma coisa se perderá... e se for tudo?

Feliz Natal :) e obrigado por mais uma visita...

Beijo*