Havia um vasto silêncio, mas a razão de tudo estava ausente, e a sua ausência transformara-o num quadro inquisitório onde se desenhavam fogueiras de esquecimentos ardendo vivamente os processos do seu silêncio. Estabelecia-se num seio de torturas, erguido por uma enorme corda de palavras que estrangulavam as raízes da sua memória, sob formas de soluços angustiados expressos no seu rosto pálido. Ardia-lhe, doía-lhe o peito, sobre as correntes gélidas vindas de Asgård… mais uma luz que se expôs, mais um pedaço de vício que se dissolve ardentemente, uma aversão grandiosa à deusa da tômbola. Desejando que desta vez viesse também a flutuar sobre o bafo de dragão, Thor cumpriu o seu pedido exaltado e ergue-se em raios sobre os céus, concentrando o pensamento do mestre naquela imagem tão esbelta oferecida pelos senhores da divindade.
1 comment:
Muito bons os textos, continua a surpreender :)
Bem que gostava de me erguer até Asgard para poder ter a certeza se as vozes dos senhores da divindade são tão peculiares como me contaram uma vez...
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